Artigo desenvolvido por NEC PORTUGAL
O conceito de Cidades Inteligentes faz cada vez mais parte da realidade da sociedade. À medida que as entidades responsáveis procuram aumentar a sustentabilidade e a qualidade de vida nos centros urbanos, as cidades têm vindo a rever conceitos e questões relacionadas com as infraestruturas e o planeamento urbano. As cidades inteligentes contam com o apoio das inovações tecnológicas para promoverem a otimização dos recursos e um planeamento, entrega e controlo dos serviços urbanos mais inovador e eficaz, por forma a potenciar a sustentabilidade da economia, da sociedade e do ambiente.
As cidades que adotam iniciativas de incorporação de tecnologias de inteligência urbana, com o recurso à IA, IoT e Big Data, têm conseguido construir e implementar estratégias mais eficientes em múltiplos domínios importantes para a cidade, tais como a segurança, o ambiente, a mobilidade, a eficiência energética, a gestão de ocorrências e o tratamento de resíduos, entre outros.
São os avanços que estas soluções possibilitam às cidades que permitem que se reinventem e se tornem mais atrativas e competitivas, que consigam detetar e responder precocemente aos riscos, capacitando-as para que estejam preparadas para enfrentar e responder a problemas e crises, sejam elas sanitárias, ambientais, sociais ou até mesmo económicas e garantindo, por via disso, um melhor serviço ao cidadão. Cidades com mais dados e mais capacidade analítica sobre as suas múltiplas áreas de funcionamento são cidades com maior e melhor conhecimento sobre o que fazer para melhorar cada uma dessas áreas.
É com o objetivo de ajudar as cidades a realizar esta transformação digital, que a NEC tem vindo a desenvolver o seu portfólio de soluções para cidades inteligentes. Um dos principais exemplos implementados em Portugal diz respeito ao projeto desenvolvido para a Câmara Municipal de Lisboa, no qual a NEC é responsável pela implementação da Plataforma de Gestão Inteligente de Lisboa (PGIL), que agrega, gere e disponibiliza dados relevantes obtidos a partir de sistemas de informação municipais e de mais de 30 instituições públicas e privadas.
Este inovador projeto faz parte da iniciativa da Autarquia de tornar a cidade num local mais aprazível e sustentável através da utilização de dados que permitam melhorar os serviços disponibilizados aos seus cidadãos e aos seus visitantes, introduzindo novos níveis de segurança pública, mobilidade, poupança de energia, gestão de resíduos e eficácia operacional.
Esta plataforma possui uma nova estrutura conceptual de dados e uma arquitetura de sistemas para que informação contida nas múltiplas aplicações setoriais do município seja integrada. Isto significa que a informação pode ser consolidada com acesso multi formato, permitindo apresentar os principais indicadores e vetores do município e possibilitando uma gestão colaborativa e integrada de toda a atividade operacional da cidade.
Baseada em Fiware, uma plataforma de middleware open source, a PGIL tira partido do poder da tecnologia IoT e de APIs abertas para recolher, armazenar e analisar dados. Uma vantagem absolutamente chave do Fiware consiste na sua natureza aberta e agnóstica relativamente a fornecedores, que assegura que a Câmara Municipal de Lisboa, ou outra entidade que adote esta plataforma, não fique presa a nenhuma tecnologia proprietária, nem ao seu respetivo fornecedor.
Lidar com a complexa rede de dados dispersos por diferentes aplicações e locais
No caso concreto de Lisboa, o principal desafio está na difícil tarefa de melhorar a qualidade de vida dos seus 500 mil habitantes, ao mesmo tempo que lida diariamente com a entrada na cidade de cerca de 1 milhão de pessoas. O município percebeu que a chave para uma gestão eficiente da cidade residia em ter informação de qualidade, informação essa que se encontrava dispersa por uma rede complexa e inflexível de diferentes aplicações setoriais. A plataforma implementada pela NEC torna a capital portuguesa numa cidade pronta para o futuro, melhorando os serviços prestados aos cidadãos através da utilização de dados.
Dashboard com Mapa de Lisboa e Informação de Transito e Disponibilidade das Docas de Bicicletas “Giras”.
Uma Plataforma que recolhe, gere e apresenta dados relevantes
A implementação desta solução melhora a forma como a cidade é gerida ao nível da eficiência de múltiplos serviços, graças aos dados recolhidos através dos sensores de IoT e câmaras de vigilância instaladas, que são posteriormente analisados e convertidos em informações úteis para os gestores e utilizadores desses serviços. Os dados recolhidos são utilizados para efetivamente melhorar a segurança pública e a eficiência operacional. Exemplo disso são os sensores inseridos nos veículos de polícia da cidade, que rastreiam a sua localização precisa e em tempo real, sendo essas informações usadas para identificar de imediato o veículo mais bem localizado para a resposta a determinado incidente.
A PGIL tem também contribuído para solucionar problemas de congestionamento de tráfego trazendo benefícios em termos da qualidade do ar, saúde e bem-estar. As iniciativas de mobilidade elétrica da cidade incluem o desenvolvimento de um esquema público de partilha de bicicletas elétricas como incentivo à não utilização do automóvel. Todas as bicicletas estão ligadas a uma aplicação para telemóvel que os utilizadores usam quando pretendem alugar. Pela integração desta informação na plataforma, quem faz a gestão da mobilidade da cidade sabe em tempo real quantas bicicletas existem em cada doca e o número de bicicletas em utilização em qualquer período de tempo, o que permite compreender a mobilidade urbana e a forma como a cidade funciona.
Outra área de melhoria é a da segurança pública e otimização da resposta a incidentes. A integração da plataforma inteligente com todas as entidades de serviço de emergência permite uma maior colaboração entre os diferentes agentes, como a Polícia, os Bombeiros e a Proteção Civil, possibilitando a implementação de fluxos de trabalho automatizados para resposta a cada tipo de incidente, podendo agir proactivamente para analisar cada tipo de ocorrência e monitorizar a eficácia da sua operação.
Informação sobre capacidade dos parques de estacionamento disponível na app Lisboa.24.
Também os lisboetas podem já tirar partido de alguma da informação agregada e disponível na PGIL, através da app Lisboa.24, também desenvolvida pela NEC e recentemente implementada com o objetivo de disponibilizar aos cidadãos todas as informações sobre aquilo que de mais importante acontece na cidade.
Com uma interface muito intuitiva e fácil de utilizar, a aplicação Lisboa.24 disponibiliza informação variada e em tempo real, como por exemplo, avisos à população sempre que ocorrem situações que possam pôr em causa a segurança dos utilizadores, informações sobre situações de emergência que ocorrem na cidade e que têm impacto na via pública, avisos acerca de intervenções urbanas, condicionamentos de trânsito, localização e disponibilidade de lugar em parques de estacionamento, localização e disponibilidade da rede de bicicletas Gira. Além disso, estão também disponíveis na app informações na área da proteção civil, contactos úteis e novidades sobre a cidade e o município.
Cidades Inteligentes: o futuro à nossa porta
É este o novo paradigma de gestão urbana, onde a cidade inteligente cria laços digitais que unem os seus habitantes e propiciam um maior desenvolvimento económico e a melhoria da qualidade de vida.
As perspetivas globais sobre o crescimento das aglomerações urbanas representam desafios importantes para a gestão pública. A Plataforma de Gestão Urbana Inteligente da NEC é uma solução que prepara a cidade para os problemas, antecipando-os, identificando-os e resolvendo-os.
Portugal tem condições para ser um país pioneiro a nível europeu na transformação digital das suas cidades e, com isso, construir um futuro mais inclusivo e sustentável. Demonstração disso mesmo é a atribuição pela Smart Cities Connect à Plataforma de Gestão Inteligente de Lisboa do premio “2019 Smart 50 Awards”, reconhecendo-a como um dos 50 projetos mais influentes em comunidades inteligentes, em todo o mundo, no ano de 2019.
O texto acima é da responsabilidade da entidade em questão, com as devidas adaptações.
