O Projeto M-Sec nasceu em Julho de 2018 como um projeto colaborativo de I&D entre 12 parceiros Europeus e Japoneses. O seu principal fator motivacional prende-se com o facto de cada vez mais fontes de informação nos domínios do IoT e cidades inteligentes poder conter informação sensível, que levante graves problemas de proteção e privacidade de dados.

Como tal, o principal objetivo deste projeto é o de desenvolver uma solução tecnológica que assegure a segurança e integridade do tráfego de dados, end-to-end, desde o aparelho até à Cloud ou até à aplicação, de forma segura e transparente.

O survey M-Sec

No âmbito desta investigação, o projeto está a levar a cabo uma consulta online a todos os cidadãos e stakeholders europeus e japoneses, que diariamente utilizam ou estão em contacto com um aparelho inteligente – smartwatch, smartphone, smartTV, etc. – e que são, assim, considerados como potenciais utilizadores da solução M-Sec. O principal objetivo deste survey é o de recolher feedback sobre a experiência da população relativamente ao uso de tais aparelhos e aplicações, assim como se existe o conhecimento necessário relativamente aos direitos de proteção dos dados tanto na Europa como no Japão, por parte da população.

No essencial, esta consulta pretende apoiar o projeto a melhor compreender o ecosistema de IoT em que é suposto a solução M-Sec operar, quais são os principais hábitos de IoT da população e qual o seu nível de perceção relativamente à regulamentação de proteção dos seus dados.

O preenchimento deste questionário não demorará mais de 1 minuto.

Resultados preliminares

Partindo de uma amostra inicial de 250 respostas, a maior parte dos questionados (56%) identifica aparelhos de saúde inteligentes – tais como pulseiras de fitness – como o principal aparelho de IoT que utilizam, seguidos pelos smartwatches, aparelhos domésticos inteligentes e assistentes de voz. 36% dos inquiridos parece usar esses aparelhos de forma bastante regular, assim demonstrando como estes se estão a tornar uma componente essencial da rotina e quotidiano da população.

No entanto, a grande maioria (53%) não tem total conhecimento acerca das políticas de segurança e privacidade dos dados desses mesmos aparelhos, significando que nem sempre estas são lidas quando se começa a usar determinado aparelho ou aplicação ou mesmo quando os termos são atualizados.

Consequentemente, quando confrontados com um cenário hipotético em que determinado aparelho inteligente ou aplicação sofre um ciber-ataque, os inquiridos ou deixam simplesmente de o utilizar ou é nesse momento em que decidem ir ler com maior atenção a política de segurança e privacidade dos dados associada. Aliás, a grande maioria identifica o uso malicioso de dados por outros (>60%) como a principal preocupação relativamente à segurança e privacidade dos seus dados.

Relativamente aos regulamentos de proteção de dados existentes tanto na União Europeia (GDPR) como no Japão (APPI), os inquiridos europeus demonstram um nível satisfatório de compreensão e informação (>80% tem um elevado conhecimento ou já ouviu falar). Ao invés, a maior parte dos inquiridos japoneses não parece ter conhecimento dos seus direitos relativamente à proteção dos seus dados pessoais.

Quer fazer parte desta consulta e apoiar as conclusões do projeto M-Sec? Aceda aqui.

O texto acima é da responsabilidade da entidade em questão, com as devidas adaptações.