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O conhecimento constitui uma das melhores formas para responder aos desafios de eficiência que se colocam atualmente no setor da água em Portugal.
As entidades gestoras (EG) de serviços urbanos de água têm atualmente um conjunto alargado de preocupações. O crescimento da procura, a disponibilidade e a qualidade da água na origem, as alterações climáticas, o envelhecimento das infraestruturas e as exigências crescentes dos consumidores, que procuram um serviço de elevada qualidade com um custo socialmente aceitável, representam alguns dos desafios importantes para os responsáveis pela gestão destes serviços. Estes desafios devem constituir forças motrizes para o aumento da eficiência das EG, sobretudo ao nível da utilização de recursos essenciais como a água e a energia.
O controlo da água não faturada é uma das responsabilidades das EG, independentemente do modelo de gestão adotado. Contudo, cabe aos municípios com gestão direta uma grande fatia da responsabilidade dado constituírem a maioria do universo das EG em Portugal. Todavia, os municípios são entidades fragmentadas na sua gestão, não tendo como atividade nuclear a gestão da água de forma especializada em todas as suas vertentes. Como abordar, então, o problema da eficiência hídrica se as entidades que detêm grande parte da responsabilidade pela sua resolução não dispõem simultaneamente dos recursos e do conhecimento necessários para o fazer?
Uma solução possível consiste em colocar o conhecimento e a tecnologia de entidades especializadas na redução de água não faturada ao serviço de EG que não tenham essas competências específicas, através de contratos de eficiência hídrica ou Performance Based Agreements (PBA). À semelhança do que já acontece no setor energético nacional ou no setor da água a nível internacional, os PBA constituem um mecanismo de contratação em que a entidade contratante se dispõe a remunerar a entidade contratada em função do desempenho alcançado, constituindo uma abordagem inovadora em relação ao modelo tradicional de contratação de serviços.
Além das vantagens inerentes a este tipo de contratação, das quais se realça o alinhamento dos objetivos da contratante e da contratada, a promoção da transparência e o foco na melhoria do serviço, destaca-se ainda a possibilidade da entidade contratante poder utilizar a entidade contratada como fonte de financiamento sem fazer uso do capital próprio da EG, constituindo uma forma atrativa de investir nos sistemas e de promover a sua eficiência. Outro aspeto diferenciador assenta no facto de esta solução permitir abordar o problema fazendo uso de conhecimento especializado ao invés de abordar o problema fazendo somente uso de soluções de capital intensivo.
Gerar conhecimento e promover a sua aplicação é o desafio com que se deparam as EG de serviços de água, públicas e privadas. Não é suficiente que as entidades disponham de sistemas de informação destinados à recolha e ao armazenamento de dados. A existência de tecnologia com capacidades avançadas de processamento deve permitir às EG tirar proveito do manancial de dados que gerem diariamente como resultado da sua atividade para gerar conhecimento técnico especializado e com elevado valor acrescentado.
A AGS – Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade, SA é uma empresa com foco na preservação do ambiente atuando em todo o ciclo da água. Desenvolve atividades desde a consultoria e desenvolvimento de serviços especializados de engenharia até à gestão, operação e manutenção de sistemas urbanos de águas e instalações de tratamento.