Casas capazes de recolher dados, interpretar padrões e, depois, comunicar e alertar. Esta é a promessa da Saúde Agora, uma plataforma de gestão da Internet das Coisas (IoT), apresentada no passado dia 4 de Maio. É o resultado de uma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia do Porto (SCMP) e a Fundação Vodafone. Autonomizar e dar segurança à população idosa. É esta a motivação do projecto que acaba de materializar-se na plataforma de gestão IoT. Através da monitorização das condições de saúde em tempo real, directamente a partir da habitação dos idosos, passa a ser possível, lê-se no comunicado enviado às redacções, “promover o controlo de doenças crónicas, prevenir e monitorizar doenças, disponibilizar cuidados, apoio social e actividades de lazer”. Segundo António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, esta instituição será “a primeira a promover cuidados de saúde, de forma integrada, ao domicílio”. O controlo remoto das condições de saúde pretende, tirando partido da capacidade interpretativa da plataforma, identificar automaticamente disfunções, emitir alertas e, assim, prevenir doenças e detectar eventuais problemas de saúde na sua fase inicial. Numa notícia publicada pelo Diário de Notícias, e segundo a agência Lusa, este é um projecto piloto que, numa primeira fase, vai ter a participação de “entre dez e 20 pessoas”, conta o provedor da SCMP. Em declarações prestadas à Lusa, João Figueiredo, director dos sistemas de informação da Santa Casa, explicou que serão necessários “três meses para a implementação” da plataforma, pelo que os primeiros resultados deverão começar a surgir a partir do segundo semestre deste ano.