ARTIGO DESENVOLVIDO POR MUNICÍPIO TORRES VEDRAS

Atualmente, mais de metade das emissões produzidas a nível mundial e mais de 90% da perda de biodiversidade e stress hidrológico estão relacionados com a extração e processamento de recursos. Neste contexto, é necessário sensibilizar a sociedade para a prevenção da produção de resíduos e promover a economia circular.

Em Torres Vedras, o aumento da produção de resíduos sólidos urbanos entre 2016 e 2019 tornou evidente que este é um dos maiores desafios. Embora, nesse período, também se tenha verificado o aumento dos resíduos recicláveis, continua a ser necessário reduzir a deposição em aterro e o encaminhamento para inceneração.

Nesse sentido, e para além da sensibilização da população em geral, Torres Vedras tem apostado em iniciativas direcionadas para as empresas, como é o caso do “Valorsul Porta-a-porta”, um projeto de recolha seletiva de resíduos no comércio e serviços da cidade de Torres Vedras, em parceria com a Valorsul; e do Gabinete de Valorização de Resíduos, que visa sensibilizar, apoiar e promover a correta gestão de resíduos resultantes da atividade económica do Concelho.

A redução dos resíduos sólidos urbanos passa também pela separação dos resíduos orgânicos do lixo indiferenciado. O projeto “Compostar é valorizar”, lançado em 2018, foi uma das respostas da autarquia a esta problemática. No âmbito deste projeto, que visa fomentar a compostagem doméstica, através de sessões de esclarecimento sobre o tema, já foram oferecidos cerca 450 compostores domésticos aos participantes.

Paralelamente, em dezembro de 2019, foi implementado o projeto-piloto “Compostim”, que alia a compostagem comunitária à valorização do espaço público, através da implementação de um jardim de plantas comestíveis junto ao compostor. Até ao momento, foram instalados três “Compostins”, que servem duas a três famílias cada um. O composto resultante é utilizado pelas famílias na fertilização de plantas em vasos ou canteiros e no próprio jardim que envolve o compostor.

Neste esforço de melhoria contínua em matéria de sustentabilidade, Torres Vedras foi dos primeiros municípios da Europa a aderir ao Green City Accord, em novembro de 2020. Comprometeu-se, assim, a adotar ações e medidas com vista à melhoria da qualidade ambiental em cinco áreas prioritárias: Qualidade do ar, Conservação da natureza e da biodiversidade, Poluição sonora, Gestão de resíduos municipais e economia circular, e Qualidade da água e eficiência na sua utilização.

A próxima década verá reafirmado o compromisso de Torres Vedras com um paradigma mais sustentável, liderando a transição do modelo de economia linear para circular e continuando o combate às alterações climáticas. O caminho para “Torres Vedras Município Verde” terá também continuidade com o desenvolvimento e implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e o alcance dos seus objetivos e metas.

O texto acima é da responsabilidade da entidade em questão, com as devidas adaptações.