Depois da revolução industrial no início do século passado, estamos hoje a atravessar, neste início do século XXI, mais um período de intensa transformação com a evolução das tecnologias de comunicação. Cabe-nos ser um agente ativo nesta mudança, antecipando tendências e adequando o nosso portefólio às necessidades futuras.

Os problemas de poluição afetam cada vez mais cidades um pouco por esse mundo fora. A poluição tem um preço elevado, quer pelos custos de saúde, quer pela degradação e manutenção de habitações e de infraestruturas. Muitos destes custos ainda não se revelaram em toda a sua extensão, mas são inevitáveis. Esta realidade é ainda mais preocupante quando, por exemplo, segundo o jornal britânico The Guardian, se estima que cerca de 3 milhões de pessoas veem a sua saúde afetada todos os anos, devido aos efeitos causados pela inalação de gases poluentes emitidos por viaturas a diesel. A mobilidade urbana limpa é, assim, mais do que uma opção, uma necessidade absoluta. É também uma oportunidade para as empresas fornecedoras de equipamentos de transporte.

 

“Os custos operacionais de um autocarro elétrico são comparativamente inferiores aos de um autocarro a diesel ou a gás, quer pelo custo da energia em si, quer pelo seu rendimento energético, quer pelo baixo custo de manutenção que lhe está associado”.

Nas nossas empresas, queremos desempenhar um papel importante na procura por soluções de mobilidade assentes no uso de energias renováveis, menos poluentes e que possam diminuir o ruído nas cidades. Para isso, temos vindo a realizar um investimento importante em engenharia e na aquisição de novas competências. Entre 2010 e 2016, investimos cerca de 7 milhões de euros em projetos de I&D (Investigação e Desenvolvimento) e no desenvolvimento de soluções de mobilidade elétrica. Temos também vindo a constituir parcerias e acordos com empresas e unidades de investigação que nos complementam em áreas tão distintas como as comunicações, o estudo de soluções estruturais com materiais mais leves, a segurança elétrica dos veículos e da sua produção, o desenvolvimento de modelos de análise estrutural e tantas outras.

As nossas soluções têm vindo a ser igualmente testadas numa grande variedade de circuitos urbanos e também em pista. Nos últimos anos, os nossos autocarros elétricos foram testados nas principais cidades e aeroportos mundiais, como são os casos das cidades de Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Estugarda, Helsínquia, Luxemburgo, e Aeroportos, como os de Lisboa, Porto, Schiphol, Viena, Graz, Estugarda, Dresden, e, mais recentemente, Vancouver, de forma a garantirmos uma tecnologia com elevada fiabilidade, na qual os nossos clientes depositam a sua confiança. Em 2013, lançamos o primeiro autocarro 100% elétrico para serviço de aeroporto. E, em 2016, apresentamos um autocarro 100% elétrico para serviço urbano.

Os custos operacionais de um autocarro elétrico são comparativamente inferiores aos de um autocarro a diesel ou a gás, quer pelo custo da energia em si, quer pelo seu rendimento energético, quer pelo baixo custo de manutenção que lhe está associado. Um estudo recente efetuado pela CCFL indica que o nosso autocarro urbano elétrico tem, em condições semelhantes, um custo médio de combustível 12,34€ por cada 100 km percorridos, sendo que um autocarro a gás natural e um outro a diesel, na mesma operação, tiveram respetivamente um custo de 25,40€ e 48,34€ por 100 km.

Hoje, a CaetanoBus já possui uma oferta diversificada em autocarros elétricos para serviço de aeroporto e serviço urbano.

É, pois, um novo capítulo para a empresa, que tem tanto de desafio como de interessante. Orgulhamo-nos de já fazermos parte desta nova realidade, e temos a certeza de que o futuro nos trará um papel cada vez relevante neste novo capítulo da mobilidade sustentável.