A cidade chinesa de Xangai é a líder do ranking mundial de cidades inteligentes World’s N.º 1 Smart City, promovido pela Juniper Research. Neste top cinco de 2022, encontram-se ainda as capitais sul-coreana, Seul, e chinesa, Pequim, e as cidades de Barcelona e Nova Iorque, que lideram, assim, um mercado mundial cujo investimento pode ascender aos 70 mil milhões de dólares em 2026, diz a mesma fonte.

No passado dia 24 de Janeiro, a Juniper Research,  que desenvolve trabalho de investigação, previsão e consultoria para mercados de tecnologia digital, divulgou o relatório Smart Cities: Key Technologies, Environmental Impact & Market Forecasts 2022-2026. Uma das vertentes deste documento é precisamente a classificação de 50 cidades de todo o mundo, incluindo de Portugal, a nível de inteligência e inovação urbana. Inteligência e eficiência a nível de iluminação, energia e transportes, implementação de smart grids, gestão urbana e tecnológica inteligente e conectividade urbana são alguns dos aspectos considerados para a atribuição de pontuações às cidades.

Para Xangai, o título de cidade inteligente “número um” em 2022 deveu-se, em grande medida, a uma plataforma de dados líder a nível mundial que funciona como “ponto único para mais de mil serviços diferentes para os residentes da cidade”.

Segundo o comunicado de imprensa da Juniper Research, é a implementação crescente de plataformas de gestão de dados deste tipo que tem permitido aumentar a gestão digital dos serviços e os próprios serviços públicos “em várias cidades asiáticas”, melhorando as suas posições no ranking.

Além de Xangai, Seul, Barcelona, Pequim e Nova Iorque também foram distinguidas como as cidades de topo no que diz respeito às smart cities. De acordo com o investigador Mike Bainbridge, envolvido na elaboração do relatório, estas cidades “estão a encontrar formas inovadoras de alavancar a tecnologia para proporcionarem benefícios visíveis aos cidadãos”.

Investimento anual pode chegar aos 70 mil milhões, mas poupanças compensam

Como a investigação da Juniper Research indica, apesar de as iniciativas de inteligência urbana requerem um investimento considerável – prevendo-se um aumento dos gastos anuais de 35 mil milhões de dólares, em 2021, para 70 mil milhões de dólares, em 2026 –, as poupanças podem “chegar aos 96 mil milhões de dólares em 2026”.

A par do relatório mencionado, a Juniper Research disponibiliza, de modo gratuito, um documento guia a propósito de tendências no sector das smart cities e das tecnologias que potenciam este desenvolvimento. Neste é também referido como muito do investimento previsto irá focar-se em iniciativas smart grid, projectando-se uma poupança de “mais de mil TWh de electricidade em 2026; o equivalente a mais de cinco anos de consumo energético da Grande Londres [região britânica] a níveis actuais”.