Depois de uma primeira edição em 2015, o Festival de Street Art volta, de 19 a 22 de Maio, a Viseu, enquanto evento-âncora da iniciativa enoturística e criativa “Tons de Primavera”. A proposta da câmara municipal tem como propósito celebrar as marcas identitárias de Viseu, enquanto “cidade-jardim” e “cidade vinhateira do Dão”, criando novas paisagens e experiências pela mão de artistas nacionais e internacionais.
Com a iniciativa, Viseu coloca a criatividade ao serviço da renovação da imagem urbana e da paisagem da cidade, recuperando elementos identitários e as suas histórias numa abordagem artística contemporânea. “A arte urbana é uma via criativa de renovar a imagética e as paisagens urbanas de uma cidade, introduzindo inovação, diversidade e surpresa”, considera Almeida Henriques, presidente da câmara municipal de Viseu.
Este ano, o festival vai incidir sobre espaços de edificado críticos, como imóveis degradados que aguardam a reabilitação dos seus proprietários, edifícios disruptivos no ambiente urbano, blocos habitacionais de dois bairros sociais municipais e pontos de utilização colectiva mal amados, como o mercado municipal, conta o autarca.
A iniciativa é bem acolhida tanto pelos viseenses, como por quem visita a cidade, garante Almeida Henriques. “A receptividade da população e dos turistas ao primeiro festival foi muito positiva e contagiante. O street art torna-se assim uma forma de reinterpretar e renovar a cidade, mas também de nos reconciliar com ela e com as suas paisagens”, exclama.
Viseu será uma das cidades presentes na conferencia internacional ZOOM Smart Cities, que terá lugar nos dias 18 e 19 de Maio, em Lisboa. Para o autarca viseense, que é também presidente da RENER – Rede Portuguesa de Cidades Inteligentes, “o evento é um fórum muito qualificado que traz grandes nomes das políticas urbanas a Portugal”.
“Será um grande ecrã de casos reais e de pensamento estratégico a partir de problemas e necessidades das cidades para as próximas décadas. As cidades portuguesas precisam muito desse contacto, dessa janela voltada sobre o mundo. O evento é, aliás, muito oportuno pois surge num momento em que se cria formalmente a Secção da Associação Nacional dos Municípios Portugueses para as smart cities”, antecipa Almeida Henriques, admitindo estar “sinceramente muito expectante” para a conferência internacional.