A conferência internacional Velo-City 2021 abre hoje portas na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. O evento decorre até à próxima quinta-feira, dia 9, e conta com a participação de mais de duas centenas de especialistas internacionais sobre mobilidade em bicicleta e desenho urbano.

Numa organização conjunta da cidade de Lisboa, EMEL – Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa e Federação Europeia de Ciclistas (ECF), o encontro mundial pretende ser “uma plataforma global de troca de conhecimentos e de transição de políticas para a mobilidade em bicicleta e o planeamento urbano sustentável”.

É sabido que o contexto pandémico trouxe um interesse renovado no uso da bicicleta na cidade, como forma de assegurar a segurança sanitária durante as deslocações, e várias cidades europeias encetaram esforços na melhoria das condições, em particular do espaço público, para a mobilidade activa.  É também nesse contexto que mais de 200 oradores vão estar em Lisboa, participando nas mais de 50 sessões que compõem o programa da Velo-City 2021.

“Diversidade em bicicleta” é o mote desta edição da conferência e é também o tema que abre os trabalhos logo no primeiro dia. Entre sessões plenárias e paralelas, os debates dividem-se nos temas “Diversidade em bicicletas e mobilidade urbana”, “Economia e turismo”, “Reestruturação das cidades e política”, “Construção comunitária, co-criação e inclusão”, “Saúde e resiliência climática” e “Cientistas para o ciclismo”. Para falar sobre tudo isto vão estar nomes internacionais como Philippe Crist, Carlos Moreno, Erion Veliaj, Frans Timmermans, Karen Vancluysen, Klaus Bondam, entre outros, mas também especialistas portugueses, como Gil Nadais e Rosa Félix. O ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Matos Fernandes, será também um dos oradores principais, a par de Fernando Medina e Miguel Gaspar, presidente e vereador da câmara municipal de Lisboa, respectivamente.

Para além de debate, a Velo-City 2021 vai ainda ter um espaço de exposição, com sessões de demonstrações e visitas técnicas. Em mostra, vão estar mais de 30 expositores e colaboradores. No global, a organização do evento espera cerca de 750 participantes presenciais e mais de mil digitais.

O evento acontece no formato presencial, cumprindo as regras de segurança, com os bilhetes para os quatro dias, entretanto, esgotados, a variarem entre os 850 e os 999 euros. Para os interessados, há a possibilidade de assistir às sessões plenárias e ter acesso a outros conteúdos no modelo digital, com os bilhetes a custarem 120 euros.

Antes de Lisboa, foi Dublin, na Irlanda, a última cidade a organizar a conferência mundial da mobilidade em bicicleta, em 2019, antes do surgimento do novo coronavírus.