Depois do sucesso do ano anterior, a edição de 2018 do Smart Cities Tour, organizado pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e pela Nova Information Management School (Nova IMS), começa hoje. Albufeira é a primeira cidade nacional a acolher o workshop de boas práticas, mas há mais seis destinos na agenda, incluindo nas ilhas.
“Cidade como Plataforma” é o mote deste primeiro workshop, que abordará temas como a gestão integrada, a Internet of Things, open data, transformação digital, segurança pública, planeamento territorial sustentável e gestão de sistemas urbanos. Depois de Albufeira, o tour dirige-se, a 23 de Fevereiro, para Ponta Delgada, onde abordará o tema da Mobilidade. Em Março, será a vez de Portalegre, Guimarães, Funchal, Seixal e Viseu (ver datas e programas abaixo).
A descentralização e disseminação do conhecimento, das boas práticas e das soluções disponíveis em matéria de inteligência urbana é um dos objectivos da iniciativa. “O desenvolvimento dos países tem, necessariamente, de passar pela dinamização dos seus pólos urbanos, em sistemas policêntricos. Apesar da indispensável articulação a nível nacional, seria bastante redutor apenas pensar e criar soluções centralizadas”, avalia Miguel de Castro Neto, docente e subdirector da Nova IMS, defendendo que é preciso potenciar as características únicas de cada território. “O futuro do país está nas soluções que respondem aos desafios e estão alinhadas com as características identitárias de cada cidade, indutoras da captação de investimento, criação de emprego, inovação e geradoras de qualidade de vida. O nosso país está dotado de pólos urbanos únicos, que podem gerar novos modelos de gestão urbano-rural, capazes de gerar novas e ainda melhores soluções económicas para as localidades e, consequentemente, oferecer mais qualidade de vida habitantes às pessoas que vivem o território. Pensarmos apenas numa zona do país seria, claramente, desistirmos da imensa diversidade cultural, social e territorial que nos caracteriza. Mais do que cidades inteligentes, queremos territórios inteligentes”, exclama.
Repetir receita, mas alargar abrangência
Juntar, para além dos cidadãos, municípios, universidades e empresas – os “actores fundamentais para o desenvolvimento de uma cidade” – foi a necessidade que levou à organização do Smart Cities Tour em 2017 e que se mantém actual. Segundo Miguel de Castro Neto, a iniciativa permitiu a todos estes stakeholders potenciar, “num curto espaço de tempo, o conhecimento e a implementação de medidas inovadoras nas cidades”. Para tal, tem sido também determinante a colaboração da ANMP, que tem “permitido contar com um vasto número de administrações locais” que fazem parte da Secção Cidades Inteligentes, coordenada pelo autarca de Viseu, António Almeida Henriques.
Depois de cinco workshops realizados em 2017, os resultados têm sido “muito positivos, tanto do lado dos municípios, que necessitam de conhecer novas soluções, como para as próprias empresas que têm de adequar as capacidades da tecnologia às necessidades de cada realidade urbana”. Para isso, aponta o responsável, o papel da universidade tem sido “extremamente relevante”, nomeadamente “na definição de novos conteúdos e modelos de gestão, capazes de criar os necessários recursos humanos para implementar novas metodologias associadas à gestão inteligente dos dados na cidade”.
Para a edição deste ano, a organização decidiu incorporar algumas novidades com vista a alargar a abrangência territorial da iniciativa, em particular o facto de incluir as regiões autónomas no programa. “É um passo determinante para uma abordagem que se quer nacional e focada no desenvolvimento das cidades enquanto pólos de atracção autónomos num sistema urbano policêntrico”, afirma.
Outra das novidades é a integração do ciclo de workshops no Portugal Smart Cities Summit, que terá lugar entre os dias 11 e 13 de Abril, em Lisboa. O certame arranca com a Cimeira dos Autarcas, na qual serão apresentados os resultados deste tour, reunindo, desta forma, uma mostra das boas práticas implementadas nos municípios portugueses e das soluções das empresas. “Este passo representa algo muito relevante para a nossa iniciativa, uma vez que marca, de forma determinante, o trabalho desenvolvido ao longo do ano e permite uma avaliação do estado do país relativamente à temática das cidades inteligentes. Esta solução permite ainda captar o sector empresarial nacional e internacional, para que mais empreendedores apresentem soluções inovadoras e que favoreçam a implementação de tecnologias de ponta nas nossas cidades”, explica Miguel de Castro Neto.
Consulte as datas e programa dos workshops do Smart Cities Tour 2018
Workshop 1 «Cidade com Plataforma» Albufeira | 21 de fevereiro de 2018 | inscreva-se aqui »»» | Programa
Workshop 2 «Mobilidade» Ponta Delgada | 23 de fevereiro de 2018 | inscreva-se aqui »»» | Programa
Workshop 3 «Resiliência» Portalegre | de 7 março de 2018 | inscreva-se aqui »»» | Programa
Workshop 4 «Sustentabilidade Económica e Financeira» Guimarães | 14 de março de 2018 | inscreva-se aqui »»»
Workshop 5 «Turismo» Funchal | 16 de março de 2018 | inscreva-se aqui »»»
Workshop 6 «Edificado» Seixal | 21 de março de 2018 | inscreva-se aqui »»»
Workshop 7 «Inovação» Viseu | 28 de março de 2018 | inscreva-se aqui »»»