O desafio está feito a start-ups de todo o mundo: até 30 de Abril, podem inscrever-se no Re-Source, um programa de inovação aberta para a criação de “projectos-piloto que visem aumentar as taxas de reciclagem junto dos consumidores e dar origem a novas soluções para categorias específicas de resíduos, procurando ampliar o conhecimento existente sobre o sector e tornar a prática de reciclagem ainda mais eficaz”.

Lançada pela Sociedade Pinto Verde (SPV) em colaboração com a Beta-i, a acção pretende encontrar soluções inovadoras que estejam “relacionadas com a manipulação e a necessidade de separação dos diversos tipos de embalagens encontradas no uso doméstico, bem como com o complexo processo de tratamento desta heterogeneidade e os seus resíduos”. As start-ups interessadas podem inscrever-se com “soluções já testadas” na vertente sensibilização do consumidor ou em soluções de retoma específicas. No primeiro caso, pretende-se assegurar uma maior taxa de separação de resíduos de embalagens, quer no canal doméstico, quer no canal HORECA, enquanto no segundo a preocupação incide no aumento da circularidade de embalagens de vidro, alumínio e as diversas tipologias de plásticos. 

Segundo a SPV, após a análise da maturidade e impacto potencial das soluções propostas, “as melhores candidaturas seleccionadas participarão num Collaboration Design Sprint, facilitado pela Beta-i, com a SPV e parceiros envolvidos na cadeia de valor do sector da reciclagem, desde retalhistas, produtores de sacos do lixo, designers ambientais, municípios com grupos de com foco na gestão de resíduos, entre outros”.

Durante quatro meses, os intervenientes – start-ups e parceiros – trabalharão em conjunto no sentido de desenvolver projectos-piloto adaptados a diferentes oportunidades e desafios previamente estabelecidos: a alteração e simplificação da forma como é declarada e contabilizada a produção de embalagens/facturação, que não sofre alterações há 25 anos; a simplificação do processo de separação, através da digitalização, de gamificação ou do reforço da confiança e conhecimento dos consumidores; a deposição dos resíduos de embalagens separados nos ecopontos, através de gamificação ou diminuição das distâncias até aos locais de reciclagem; a rastreabilidade das garrafas de vidro, fazendo com que não se partam ou criando pontos de contabilização de produção/venda de embalagens de vidro; e, por fim, o desenvolvimento de novos produtos com valor de mercado feitos com os plásticos. No fim, em Outubro, as várias soluções desenvolvidas serão apresentadas ao ecossistema e “testadas no contexto real”.