A Agenda de Desenvolvimento Sustentável Pós-2015 das Nações Unidas vai integrar as propostas nacionais para “um mundo melhor”. No evento de encerramento da consulta pública nacional sobre este tema, a ter lugar no dia 7 de Julho, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, serão divulgados os resultados preliminares desta pesquisa, que constarão do relatório nacional a ser enviado ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

O futuro quadro de desenvolvimento nos próximos 15 anos tem vindo a ser ‘construído’ com o apoio de um Painel de Alto Nível, composto por 27 personalidades de todo mundo, e de um Grupo de Trabalho Aberto, formado pelos Estados-Membros na conferência Rio+20 em 2012, responsável pela elaboração dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

Em Portugal, depois do desafio das Nações Unidas, um grupo de organizações públicas e da sociedade civil também decidiu apoiar o processo e avançar com uma consulta pública sobre a implementação a nível local desta Agenda – que substitui os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. A primeira fase de consulta decorreu de Maio a Junho, com a organização de vários workshops e a circulação de um inquérito on-line, como forma de alimentar o debate e receber propostas para “o futuro que queremos”.

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local, o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, o Conselho Nacional de Juventude, a Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local, a  Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres e a Plataforma Portuguesa das ONGD são as organizações envolvidas na iniciativa.

Recorde-se que com o lançamento dos Diálogos para a Implementação da Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, iniciaram-se globalmente eventos para consultas presenciais mas também on-line, através da plataforma World We Want, sobre as prioridades temáticas da Agenda e na forma e mecanismos da sua implementação. Nestes diálogos participam, entre outros, representantes da sociedade civil, investigadores ou líderes comunitários e do sector privado.

Segundo a comissão organizadora da consulta pública em Portugal, esta é uma forma de “amplificar as vozes das populações marginalizadas nos processos formais de negociação”, assim como “influenciar governos e os processos intergovernamentais” para espelhar da melhor maneira as expectativas da sociedade civil no âmbito do desenvolvimento sustentável.