A computação em nuvem e em tablet vai se tornar banal em várias escolas europeias já no próximo ano. Os jogos de computador e a combinação de ambientes físicos e virtuais farão parte do leque de ferramentas de ensino daqui a dois/três anos. Estas são algumas das conclusões do Horizon Report Europe: 2014 Schools edition, publicado pela Comissão Europeia e pela organização norte-americana New Media Consortium.

Segundo o estudo, a integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na formação de professores e as baixas competências digitais dos alunos estão, por um lado, entre os desafios “solucionáveis”. Mas, por outro, a criação de oportunidades de aprendizagem “baseadas em experiências concretas e a conjugação formal e não formal” são aspectos em que a implementação será mais difícil a curto prazo, salienta o relatório. Mais difícil ainda é o desafio de melhorar a forma como se ensina o raciocínio complexo e a garantia de que os alunos são intervenientes na concepção da aprendizagem.

“É fundamental trabalharmos para melhorar as competências digitais e o acesso aos recursos digitais e abertos, não só para reforçar a qualidade do ensino, mas também para criar modelos flexíveis em matéria de educação, tornando assim mais fácil a aprendizagem ao longo da vida”, defende Androulla Vassiliou, Comissária europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude.

Horizon Report Europe: 2014 Schools edition apresenta as tendências e a evolução tecnológica suscetíveis de ter impacto na educação nos próximos cinco anos, sendo, para Androulla Vassiliou, um documento que “fornece informações valiosas e orientação para os responsáveis políticos e dirigentes escolares sobre a necessidade de recorrer a recursos digitais e abertos”.

Recorde-se que, na conferência europeia de alto nível sobre “Educação na era digital”, a realizar em Dezembro, serão debatidos estes mesmos tópicos levantados pelo Horizon Report.