Um projecto europeu com coordenação portuguesa vai estudar a qualidade do ar nas escolas e o respectivo impacto na cognição de crianças. O anúncio vem da FI Group, responsável pela divulgação do projecto, financiado em 18,3 milhões de euros.

A presença de substâncias químicas e partículas nocivas no corpo humano pode ter impacto negativo nas crianças, seja na função cognitiva, seja na morbidade e mortalidade cardiovascular. Partindo desta premissa, que tem vindo a ser demonstrada pela comunidade científica, o projecto europeu vai estudar a qualidade do ar de diferentes escolas dos sete países envolvidos, entre os quais Portugal. Depois da medição e avaliação de poluentes, será analisado o potencial impacto no desenvolvimento dos alunos.

Para isso, o projecto vai juntar epidemiologistas ambientais, toxicólogos, especialistas em qualidade do ar, biólogos de sistemas, engenheiros e especialistas em áreas sociais e de cidadania das 11 entidades envolvidas, provenientes de Portugal, Espanha, Suíça, Bélgica, Holanda, Dinamarca e Grécia. 

Além deste objectivo, o projecto tem também como propósito “explorar novas estratégias para ajudar a melhorar a qualidade do ar, promover a qualidade de vida e melhorar a esperança média de vida das futuras gerações”. Quem o diz é a  FI Group, empresa especialista na gestão de inovação e I&D e que será responsável pela comunicação da iniciativa.

O projecto, designado “Development of innovative analyses for monitoring indoor air quality and its impact on children’s health”, é uma das três propostas com coordenação portuguesa que conseguiu conquistar verbas europeias. No âmbito do Horizonte Europa, no Cluster Saúde, arrecadou um financiamento de 18,3 milhões de euros.