A Associação Limpeza Urbana – Parceria para Cidades + Inteligentes e Sustentáveis (ALU) apresentou, ontem, os Prémios Cidade +, marcando o arranque da fase de candidaturas, que decorre até 31 de Julho. O evento teve lugar no auditório da Biblioteca Fernando Piteira Santos, na Amadora, e contou com a presença da presidente da câmara municipal anfitriã, Carla Tavares.

Depois de terem sido anunciados em Novembro passado, durante o IV Encontro Nacional de Limpeza Urbana (ENLU), os Prémios Cidade +, promovidos pela ALU, foram oficialmente apresentados na manhã de ontem. Numa sessão que decorreu no auditório da Biblioteca Fernando Piteira Santos, na Amadora, e na qual estiveram presentes representantes de vários dos 52 associados da ALU, foram abertas as candidaturas e ficaram a conhecer-se os nomes do júri da competição.

Ana Cristina Tapadinhas, directora-geral da DECO, Paulo Ferrão, professor catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, Graça Martinho, professora associada da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, Álvaro Beleza, presidente do conselho coordenador da SEDES – Associação Para o Desenvolvimento Económico e Social, Luís Newton, vice-presidente do conselho directivo da ANAFRE – Associação Nacional de Freguesias, João Meneses, secretário-geral da BCSD Portugal, Nuno Lacasta, presidente da APA – Agência Portuguesa para o Ambiente, e António Bento, fundador da empresa Solim, Equipamentos para Higiene e Limpeza Lda., farão parte do júri. A estes, junta-se ainda o presidente da direcção da ALU e presidente do conselho de administração da Cascais Ambiente, Luís Almeida Capão.

Até 31 de Julho, municípios, juntas de freguesia, associações sem fins lucrativos, academia, entidades de Investigação e Desenvolvimento e pessoas em nome individual podem candidatar-se a esta primeira edição dos Prémios Cidade +. Com o propósito de recompensar os melhores trabalhos desenvolvidos na área da limpeza urbana entre 2021 e 2023, são quatro as categorias a concurso: “Inovação & Conhecimento”, na melhoria dos serviços de limpeza urbana; “Participação Pública & Cidadania”, visando iniciativas para a prevenção da produção de resíduos; “Estratégias para a Sustentabilidade”, que visem a redução do impacto da actividade humana no ambiente e estejam alinhadas com os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas; “Equipas Felizes”, no sentido de dignificar as profissões ligadas à limpeza urbana e a melhorar a sua percepção pública.

Os vencedores de cada categoria receberão um troféu, a possibilidade de divulgação através da ALU e um prémio monetário de cinco mil euros. Em cima da mesa ficou a possibilidade de aumentar estas recompensas em edições futuras dos Prémios Cidade +, já que a associação diz estar empenhada em “encontrar patrocinadores para angariar mais capacidade aos vencedores dos prémios”.

Além destas categorias, serão ainda atribuídos três prémios especiais – “Personalidade do Ano”, “Equipamento/Tecnologia do Ano” e “Campanha do Ano” (campanha de comunicação e/ou sensibilização nas áreas de ambiente relacionadas com limpeza urbana; reportagens ou artigos jornalísticos com relevância para a limpeza urbana). Neste caso, a selecção dos finalistas será feita pelo júri, havendo, depois, uma votação do público para apurar os vencedores.

A entrega dos prémios vai acontecer no V ENLU, que terá lugar em Cascais, em data a definir entre os meses de Outubro e Novembro. Este ano, além da cerimónia de entrega dos Prémios Cidade + e do programa de conferências, o encontro do sector vai também ter uma componente expositiva, à semelhança do que aconteceu há dois anos, na edição de Braga.

“Estamos a fazer coisas muito boas nos municípios”

“Catapultar as actividades de limpeza urbana e todos os seus actores nacionais, acelerando a implementação da inovação, ao nível dos sistemas tecnológicos e da abordagem social”, é, afirmou Luís Almeida Capão, o objectivo que se pretende alcançar com esta iniciativa. “É uma oportunidade para reconhecermos as acções que efectivamente contribuem e impactam, de forma significativa, a vida dos cidadãos e a sustentabilidade.”

A iniciativa foi louvada por Carla Tavares, presidente da câmara municipal da Amadora, cidade anfitriã desta apresentação e associada fundadora da ALU. Dando conta do número crescente de desafios da higiene urbana que, muitas vezes, deixam os responsáveis “assoberbados”, a autarca saudou esta iniciativa que pretende distinguir as melhores práticas. “[É uma matéria na qual] As pessoas são muito exigentes e [na qual] nós também temos brio nos nossos territórios (…).  Há dificuldades na contratação de recursos associados à modernização que vai existindo na recolha e nem sempre o Tribunal de Contas ajuda. Quando conseguimos resolver [os problemas] somos surpreendidos por novos desafios”, ilustrou.

“Ficamos muitas vezes esmagados pelos problemas, mas estamos a fazer coisas muito boas nos municípios”, disse ainda Carla Tavares, reconhecendo também a importância do “trabalho em rede” e da “partilha de experiências” que têm sido promovidos pela associação nacional.

Fundada em 2019, a ALU conta, actualmente, com 52 entidades associadas de todo o país, representando cerca de 18% da população nacional. Segundo a direcção, espera-se que, durante o primeiro semestre deste ano, a representatividade territorial da associação suba para os 25%, em resultado do esforço de promoção da ALU e de angariação de novos membros.

 

Fotografias: ©João Viegas Guerreiro/ALU