Das 19 candidaturas apresentadas ao concurso URBACT para Redes de Transferência de Inovação, 15 integram parceiros nacionais. Portugal é, assim, o país mais representado nesta chamada do programa europeu, que convidou as cidades a transferirem e adaptarem projetos concluídos no âmbito das Ações Urbanas Inovadoras (Urban Innovative Actions – UIA).

No total, foram recebidas propostas de 109 parceiros, oriundas de 25 países, que aguardam agora pela conclusão do processo de seleção, já iniciado. O anúncio dos eleitos está marcado para 28 junho, data em que deverão ser selecionadas, pelo menos, 10 Redes de Transferência de Inovação.

Depois, estas começam a trabalhar durante o mês de setembro, com as cidades que receberam financiamento da UIA (entre 2016 e 2023) a partilhar a sua experiência e conhecimento com os outros municípios. Na prática, durante dois anos, os diferentes parceiros vão participar em atividades de intercâmbio e aprendizagem, trabalhar os respetivos planos de investimento (ou planos de continuidade, no caso dos parceiros principais) e aproveitar as oportunidades de capacitação e conhecimento URBACT, um programa europeu dedicado ao desenvolvimento urbano sustentável.

Portugal lidera a lista de parceiros candidatos. Mapa: © URBACT

A Espanha e a Itália, com 14 cidades candidatas, surgem logo depois de Portugal na lista de candidaturas, enquanto a Grécia está em quarto lugar, com 11 parceiros candidatos. Seguem-se a Bélgica e a Polónia, ambas com sete, e a Hungria, com cinco. Recorde-se que, de acordo com as regras deste convite, cada rede não pode ter mais do que um parceiro de projeto do mesmo país.

Já em matéria de áreas temáticas, as mais escolhidas foram “Emprego e competências na economia local” e “Pobreza urbana”, com três propostas de projetos, enquanto os temas “Cultura e património cultural”, “Transição digital” e “Segurança urbana” dizem respeito a duas propostas. Mas também há projetos candidatos noutras áreas de atuação, como a adaptação das cidades às alterações climáticas, a habitação ou a integração de migrantes e refugiados.

Por ocasião do lançamento do concurso, que decorreu entre 10 de janeiro e 20 de março, o programa URBACT lembrou que “a transferência de soluções urbanas inovadoras é muito raramente um processo de copiar e colar”, pelo que é necessário “um certo grau de adaptação para uma transformação genuína” e, “acima de tudo, financiamento”. Também por isso, desta vez será permitido que as cidades comecem por testar algumas ações com um orçamento mais reduzido antes de as elencarem no plano de investimento.

Fotografia de destaque: © URBACT