A cidade do Porto lançou recentemente a sua estratégia para o Ambiente, com cinco eixos projectados para levar a cidade a liderar a transição energética, o combate às alterações climáticas, a mobilidade eléctrica e da criação de produtos sustentáveis.
O município desenhou uma estratégia de médio e longo prazo para o ambiente, que procura corresponder aos desafios mais prementes dos três pilares da sustentabilidade (ambiental, económico e social). Esta estratégia está alicerçada em cinco eixos estruturantes fundamentais, a que corresponde um plano dinâmico, com objectivos e medidas sujeitos à melhoria e actualização contínuas.
A cidade do Porto assume, no primeiro eixo, o seu compromisso rumo a um futuro mais sustentável, na qual os seus cidadãos são agentes que contribuem para a tão desejada transformação, através da mudança de comportamentos e da preservação de toda a sua biodiversidade, com alcance ao longo da sua paisagem urbana. Critérios como a protecção da saúde e a qualidade de vida dos seus cidadãos foram incluídos nesta abordagem, que procura igualmente a requalificação dos ecossistemas ribeirinhos.
No segundo eixo desta iniciativa, a “Invicta” planeia combater, de modo mais resiliente, as alterações climáticas, complementando, desta forma, os compromissos que assumiu com vista à redução das emissões de dióxido de carbono em 45%, num período que se iniciou em 2004 que tem 2020 como meta. Neste contexto, a cidade do Porto encontra-se a desenvolver um documento estratégico, integrado no projecto ClimAdaPT, no qual ambiciona liderar a transição energética, em parceria com a EDP Distribuição. Com a meta orientada para uma economia mais verde, limpa e sustentável, a estratégia do município caracteriza-se por preocupações transversais que contribuam para a minimização do impacto das alterações climáticas.
Concentrado na “revolução eléctrica”, o Porto pretende ainda ser uma referência pioneira no país ao nível da mobilidade eléctrica, focando especialmente o tema da energia numa perspectiva abrangente, na qual os edifícios e parques municipais sejam energeticamente eficientes e sustentáveis. Esta premissa abrange os objectivos do terceiro eixo da estratégia da cidade para o Ambiente.
Em termos da administração pública da cidade, o Porto pretende destacar-se pelo carácter inovador da gestão, assumindo o carácter de uma “cidade analítica e transparente” e norteada, segundo preconiza no Eixo 4 da sua estratégia, por critérios de eco-eficiência, e análises de custo-benefício, fundamentais para a avaliação do desempenho da sua administração e para o apoio às vertentes municipais, enquanto releva o papel das universidades na sua envolvente.
Para o Eixo 5 da iniciativa, o Porto procura transformar-se numa “cidade-laboratório”, num organismo vivo ao serviço de todo o ecossistema de empreendedorismo, na via da criação de produtos realmente sustentáveis e diferenciados pela capacidade de resolução dos problemas da cidade, assim como no aumento da qualidade de vida, concorrendo, desta forma, para servir de modelo replicável a todas as cidades do país.