A Organização Internacional de Normalização (ISO) apresentou, a 14 de Maio, uma nova norma internacional para medir a “inteligência” das cidades, permitindo comparações entre comparações entre municípios e países. A ISO 37122 surge como complemento a uma norma anteriormente publicada e, em conjunto, pretendem avaliar de que forma as cidades estão a aproximar-se dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com o crescimento da população que vive em ambientes urbanos em todo o mundo – 4,2 mil milhões de pessoas em 2018, segundo dados da ONU – a adaptação das cidades aos desafios do futuro, o comprometimento com a acção climática e a gestão sustentável dos recursos ganham importância ímpar. As cidades “não podem melhorar se não puderem medir” o seu desempenho – é, pelo menos, esta a visão da Organização Internacional de Normalização, responsável pela criação de mais uma norma para aferir a “inteligência” da actividade das cidades. A norma ISO 37122 pretende “ajudar comunidades a adoptar estratégias para se tornarem mais sustentáveis e resilientes”.

Esta norma, apresentada no passado dia 14, oferece um conjunto de indicadores que permitem medir e avaliar a sua performance em áreas como a eficiência dos serviços municipais ou a qualidade de vida que determinada cidade oferece aos seus cidadãos. Partindo da análise dos resultados, as cidades podem tecer comparações e encontrar “soluções inovadoras” para fazer face aos desafios que enfrentam.

A nova norma pretende, ainda, guiar as cidades no seu caminho rumo ao cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, o mapa adoptado pela maioria dos países do mundo que define 17 objectivos comuns para as prioridades globais.

Segundo Bernard Gindroz, um dos responsáveis da Organização Internacional de Normalização – organização responsável pela unificação de padrões internacionais -, a ISO 37122, usada em combinação com as normas ISO 37101 e ISO 37120, deve “ajudar as cidades a implementar projectos smart city”, na resposta a desafios como o “crescimento populacional, as alterações climáticas e a instabilidade política e económica”.