Sete municípios e cinco entidades ligadas ao ensino, investigação e tecnologia uniram-se com o objetivo de criar uma rede urbana inter-regional dedicada à economia azul e à sustentabilidade ambiental das áreas costeiras. Esta rede, a que chamaram “Cidades Âncora para a Economia Azul” é liderada por Viana do Castelo e integra também os municípios de Aveiro, Lagoa, Oeiras, Peniche, Portimão e Sines. A eles juntaram-se ainda o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, a Universidade do Minho, a Associação da Economia do Mar (Fórum Oceano) e a Associação Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica Vasco da Gama (Sines Tecnopolo).

Um dos principais objetivos do consórcio é uma candidatura a fundos comunitários, que permita dar seguimento a um conjunto de investimentos prioritários, já identificados num protocolo assinado pelos 12 membros. Entre eles estão, por exemplo, a aplicação da Agenda Urbana da Economia do Mar, a criação de living labs azuis, a construção de entrepostos de processamento e valorização de biomassa, a elaboração de roteiros turísticos e o desenvolvimento de diversos estudos e planos ligados a esta temática.

Para o município de Viana de Castelo, que agora ficará responsável pela preparação e submissão da candidatura junto das autoridades de gestão dos programas operacionais financiadores, este consórcio “visa congregar os interesses e meios e concertar as atividades e capacidades dos seus membros para criar esta rede de cidades âncora”.

Também Setúbal defende que a parceria permitirá às cidades “desenvolver e discutir novos métodos, processos, conhecimento e tecnologias inovadoras, capazes de ajudar a diversificar as suas atividades económicas e a melhorar os seus processos de planeamento urbano e de proteção ambiental, por forma a encontrar novas formas de exploração costeira”.

Já a Câmara Municipal de Aveiro sublinha que a futura rede irá ajudar a “promover uma economia azul que contribua para a sustentabilidade ecológica e para a prosperidade económica dos centros urbanos envolvidos”. A autarquia identificou, inclusivamente, o projeto que poderá receber grande parte do financiamento atribuído ao município. Em comunicado, anunciou que 1,2 milhões de euros serão investidos na criação de infraestruturas urbanas e capacitação ambiental dos terrenos da antiga lota de Aveiro, atualmente em estado de abandono, que deverão ter como ponto de partida um concurso de ideias para esta área lançado em 2023.

O consórcio assume agora o compromisso de “congregar os interesses para a entrega da candidatura”, bem como a operacionalização da estratégia e execução do plano de ação da rede urbana. Para isso, o protocolo assinado no final da semana passada define as “atribuições, relações, responsabilidades e meios” das entidades que compõem o grupo, além da “fixação do Quadro de Investimentos Prioritários que inclui a lista indicativa de intervenções e projetos a desenvolver”.

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