Desde segunda-feira que a Área Metropolitana de Lisboa (AML) está a instalar estações meteorológicas nos municípios do seu território. Até ao final da próxima semana, espera-se dar por concluída esta fase do projecto CLIMA.AML: Rede de Monitorização e Alerta Meteorológico Metropolitano, que pretende monitorizar a forma como as alterações climáticas estão a impactar as comunidades locais.
Cascais e Oeiras foram os primeiros a receber estes equipamentos, que vão recolher e medir em tempo real indicadores de temperatura, precipitação, humidade, pressão atmosférica, vento, direção do vento, radiação solar e radiação ultravioleta.
Num período de duas semanas, a AML espera ter os seus 18 municípios equipados com estes novos equipamentos. As estações meteorológicas vão integrar uma rede, a rede CLIMA.AML, composta também por nove micro-sensores de medição urbana e uma plataforma on-line, que irá assegurar o registo de dados de acesso livre e gratuito. Esta plataforma irá integrar informação do API Clima, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e do Portal do Clima, do programa AdaPT.
Segundo uma nota de imprensa da AML, a rede CLIMA.AML tem como objectivo “a criação de uma solução integrada para a monitorização meteorológica em contexto urbano” com uma escala metropolitana. Desse modo, a rede permite a criação de um sistema de aviso no caso de ocorrer um evento extremo, a análise da “evolução dos impactes e eventos resultantes das alterações climáticas nas comunidades locais”, e o estudo e apoio metodológico relativos ao fenómeno de Ilhas de Calor Urbano.
Sob a alçada do programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono, financiado pelos EEA Grants 2014-2021, o projecto CLIMA.AML iniciou-se em Março deste ano, dando continuidade ao Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitana de Lisboa. O projecto tem um fim previsto para o primeiro semestre de 2023.