Dez locais portugueses estão entre os 100 destinos mais sustentáveis a nível internacional seleccionados pela Green Destinations, a maior rede de destinos sustentáveis.

Durante o evento Global Green Destinations Days, no passado dia 5 de outubro, foi divulgado o Top 100 de Destinos Sustentáveis de 2021. A lista, elaborada com base na avaliação de boas práticas desenvolvidas pelos candidatos, reconhece os locais que se destacam pelo seu esforço para um turismo responsável, cuja importância é ainda mais visível no contexto desta 6.ª edição, que decorreu num ano marcado pela pandemia de Covid-19.

Na candidatura de Torres Vedras, que tem trabalhado para ser mais sustentável, constou o Centro de Artes e Criatividade enquanto exemplo de boas práticas. Trata-se de um projecto de regeneração urbana que inova com recurso à memória local da comunidade para “criar uma nova centralidade urbana”, lê-se no comunicado de imprensa do município. Especificamente, o centro está instalado no espaço do antigo Matadouro Municipal e resulta de um processo de envolvimento das comunidades locais com o objectivo de preservar a identidade e a memória da Encosta de São Vicente.

Além de Torres Vedras, mais nove destinos portugueses integram o top 100. São eles a região do Alto Minho, Águeda, Arouca, a Região Autónoma dos Açores, Cascais, Dark Sky Alqueva, Nazaré, a Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira, e Sintra.

A Paisagem Protegida Local das Serras do Socorro e Archeira apresentaram o programa EcoCampus como forma de mostrar o estímulo que tem sido promovido para desenvolver o empreendedorismo e novas formas de pensar em termos de economia verde, economia circular e sustentabilidade.

Por sua vez, Cascais propôs a concurso um projecto de reflorestação para a conservação da paisagem de uma forma sustentável na zona e Sintra candidatou-se com a iniciativa Casa do Valle – Virpi Oliveira e Sustentabilidade Hoteleira, que aposta num serviço e numa experiência que não descura as preocupações ambientais (mobilidade de baixo impacto, redução de consumo de água, entre outras medidas).

A região do Alto Minho valeu-se do manual de boas práticas para as actividades náuticas que reflecte sobre a necessidade de colaboração dos vários stakeholders para uma actuação mais sustentável e resiliente e para um processo de recuperação durante a pandemia de Covid-19.

Em Águeda, o destaque foi para o festival de arte AgitÁgueda, que se concentra na promoção de sustentabilidade, com luzes, cores, criatividade e imaginação à mistura.

Arouca concorreu com com um projecto de gestão inteligente e sustentável para criar uma ponte entre o Geopark de Arouca e a audiência internacional.

O foco para Nazaré foi conceber um plano turístico sustentável para assegurar o seu desenvolvimento no futuro.

A reserva Dark Sky Alqueva foi a escolhida para representar o Alentejo nesta competição, conhecida por proporcionar a visão de um céu estrelado.

Finalmente, na Região Autónoma dos Açores, a Graciosa foi apresentada como “ilha-modelo” destacando-se pelo uso de energias verdes.

As iniciativas de municípios, ilhas, destinos privados ou áreas protegidas e alguns países ou regiões que tenham menos de 50 mil km2 são seleccionadas consoante critérios de qualidade e sustentabilidade, transferibilidade, inovação, eficiência. Pretende-se que esta lista sirva de inspiração e orientação para outros destinos, profissionais de turismo e viajantes em relação aos padrões de sustentabilidade que podem ser implementados.