A primeira edição dos prémios SIIViM para a Inovação nos Territórios Médios atribuiu ao município do Fundão o segundo lugar na categoria “Autoridades Locais Estrangeiras”. A cidade portuguesa concorreu ao galardão no âmbito do Salão Internacional da Inovação em Cidades Médias (SIIViM), realizado em Nevers, França, tendo ficado atrás da localidade canadiana de Sainte-Julie. Estes prémios destinam-se a premiar as melhores estratégias de inovação local em municípios, grupos de municípios e estruturas intermunicipais com uma população entre 10 mil e 50 mil habitantes.
O evento, que costuma realizar-se alternadamente em França e no Canadá, contou este ano com a presença ativa do município do Fundão, nomeadamente através de um stand próprio e da participação nos debates. O vereador Pedro Neto, por exemplo, foi um dos convidados da conferência “A cooperação europeia para acompanhar a transformação numérica dos territórios”.
A participação do Fundão no certame está relacionada com o projeto Metacity, um consórcio europeu liderado pela cidade beirã, aprovado no âmbito do programa URBACT IV. Trata-se de uma iniciativa dedicada à transição digital, cuja missão é “permitir que as cidades tecnologicamente conscientes planeiem a utilização de ferramentas de IA – Inteligência Artificial para melhorar a eficiência dos seus serviços e competir com as grandes cidades”, diz uma nota da autarquia. Além do Fundão, este grupo integra também os municípios de Campobasso (Itália), Písek (República-Tcheca), Nevers (França), Razlog (Bulgária), Újbuda (Hungria), Härnösand (Suécia) e Mostar (Bósnia e Herzegovina), bem como duas universidades, a Åbo Akademi (Finlândia) e a Industrial Systems Institute Athena Research Center (Grécia).
No caminho para a transição climática
Recentemente, o município do Fundão começou também a participação no projeto europeu Farclimate, que tem como objetivo encontrar soluções transformadoras para desenvolver a resiliência climática europeia. Coordenado pela Universidade de Vigo, em Espanha, integra 14 parceiros internacionais e prevê a realização de ações em, pelo menos, 20 regiões e comunidades europeias.
Para atingir este objetivo, o projeto lançado no âmbito da Missão da Adaptação às Alterações Climáticas da União Europeia (UE) irá desenvolver trabalho em diversos living labs, onde serão analisadas as principais cadeiras de valor, características socioeconómicas e ambientais das regiões e comunidades investigadas. Está também prevista a implementação de soluções inovadoras em vários setores económicos, como a agricultura, a silvicultura ou a pesca. Financiado em 46 milhões de euros, o Farclimate tem a duração de 48 meses e integra mais dois parceiros portugueses: a Universidade Nova de Lisboa e a empresa C4G – Consulting and Training Network.