A tecnológica norte-americana Dell acaba de publicar o estudo The Future of Connected Living e aponta cinco fases de transformação tecnológica da vida até 2030: mobilidade conectada, cidades com infra-estrutura inteligente e algoritmos capazes de prever necessidades vão ganhar importância.

A tecnologia vai transformar “radicalmente” a vivência dos cidadãos até 2030 – esta é a conclusão do estudo The Future of Connected Living, que revela a vontade de 4600 líderes empresariais de mais de 40 países, incluindo Portugal, que tomaram parte do estudo, de reestruturar a maneira como o tempo é “gasto” – evidenciada por 76%. Destes, 56% mostraram-se “preparados” para adoptar tecnologia de realidade virtual e aumentada no dia-a-dia, revelou a empresa norte-americana Dell em comunicado.

O ciberespaço, através da sobreposição da realidade física, a mobilidade conectada e em rede, as cidades digitais inteligentes, os algoritmos e a partilha de conhecimentos entre robôs são as cinco grandes mudanças preconizadas pelo estudo da Dell, desenvolvido em parceria com o grupo de pesquisa Institute for the Future (IFTF) e a empresa de investigação tecnológica Vanson Bourne. Segundo o estudo, será a adopção de “tecnologias emergentes” como as redes 5G, a inteligência artificial (IA), a realidade estendida (XR) e a Internet das Coisas (IoT) a responsável pela importância destas cinco mudanças até 2030, com impacto nos níveis “pessoal, social, empresarial e urbano”.

As cidades deverão evoluir nos campos da digitalização e inteligência, com a integração de “objectivos inteligentes, sistemas de self-reporting e análises baseadas em inteligência artifical” e da mobilidade conectada e em rede. Os algoritmos, permitindo fazer previsões sobre necessidades, deverão ter impacto na libertação de tempo e os robôs deverão ganhar importância, “aprimorando” habilidades das pessoas e “estendendo” as suas capacidades, sendo capazes de partilhar conhecimentos entre a comunidade de robôs.

O estudo tornado público pela Dell, pretende explorar “a forma como as tecnologias emergentes vão transformar a maneira como vivemos até 2030”. Entre as conclusões do documento, estão a necessidade de as empresas tomarem “medidas” para a recolha, processamente e utilização dos dados de forma “mais eficaz” e a necessidade de levar em consideração questões ligadas à “privacidade de dados” e à “justiça dos algoritmos”, capazes de tomar decisões como “decidir como as empresas contratam”, ou decidir “quem é elegível para empréstimos”, exemplifica a Dell em nota de imprensa.

O The Future of Connected Living é a “terceira e última” parte do documento que inclui os temas The Future of Economy e The Future of Work, ambos lançados no início do ano.