Já estão abertas as candidaturas ao prémio Capital Verde da Europa 2026 (European Green Capital), uma distinção atribuída pela Comissão Europeia a cidades com mais de 100 mil habitantes que sejam um exemplo de sustentabilidade ambiental, social e económica.

Os municípios da União Europeia, Islândia, Lichtenstein, Noruega e Suíça podem inscrever-se até ao dia 30 de abril de 2024, apresentando razões e argumentos para concorrer a este prémio que visa “promover e recompensar os esforços das cidades europeias que se esforçam por reduzir o seu impacto no ambiente local e global, melhorando a qualidade de vida dos habitantes”.

O vencedor recebe um prémio financeiro no valor de 600 mil euros, sucedendo a Vilnius, que em outubro deste ano foi anunciada como Capital Verde da Europa 2025. A capital lituana ganhou a corrida às outras duas finalistas dessa edição, Guimarães e Graz (Áustria), e logo nessa altura a cidade portuguesa anunciou que voltaria a concorrer. “Os vimaranenses foram, e continuarão a ser, envolvidos no caminho da neutralidade climática e da proteção do ambiente, pelo que manteremos todo o empenho e força rumo a uma nova candidatura, já no próximo ano, para 2026”, adiantou o presidente da Câmara, Domingos Bragança.

A intenção do município minhoto foi, entretanto, reiterada em várias ocasiões, como numa recente reunião camarária em que a vice-presidente, Adelina Paula Pinto, revelou que depois do anúncio de Vilnius “os elementos do júri procuraram convencer a comitiva de Guimarães para a apresentação de uma nova candidatura”. “Queremos mostrar à Europa que uma cidade de média dimensão poderá ser um exemplo”, acrescentou a responsável, lembrando que também “Lisboa ganhou à quarta vez”. A capital portuguesa recebeu o galardão da edição de 2020.

Folha Verde da Europa

Além do prémio Capital Verde Europeia, a Comissão Europeia promove simultaneamente a distinção Folha Verde da Europa (European Green Leaf Award), esta destinada a cidades e áreas urbanas com menor dimensão (entre 20 mil a 99 999 habitantes), atribuindo-lhes um prémio de 200 mil euros.

A cidade dinamarquesa de Elsinore venceu em 2024, enquanto Viladecans, em Espanha, e Treviso, em Itália, conquistaram em conjunto o galardão de 2025. Duas cidades portuguesas também já obtiveram este estatuto: Valongo, em 2022 (juntamente com a neerlandesa Winterswijk) e Torres Vedras, em 2015.

Tal como no prémio principal, o prazo de candidaturas também termina a 30 de abril do próximo ano. Em ambos os casos, a seleção das cidades vencedoras será baseada em sete indicadores ambientais: Qualidade do ar; Água; Biodiversidade, Áreas verdes e sustentabilidade; Resíduos e economia circular; Ruído, Mitigação das alterações climáticas; e Adaptação às alterações climáticas. Um painel de peritos independentes avaliará depois (em maio/junho) o desempenho das concorrentes, enquanto o anúncio das finalistas está previsto para julho de 2024. Como habitualmente, as vencedoras são conhecidas em outubro.

 

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