A cidade de Guimarães é uma das três finalistas na corrida a Capital Verde Europeia 2025. O município minhoto disputa a eleição com a austríaca Graz e a lituana Vilnius num prémio que reconhece os esforços locais para construir centros urbanos mais sustentáveis.
Guimarães está cada vez mais perto de alcançar o título de Capital Verde Europeia (European Green Capital Award). Depois de ter ficado em 5.º lugar na disputa pelo prémio de 2020 (conquistado por Lisboa), a cidade-berço está agora entre as três finalistas para 2025, escolhidas a partir duma lista de dez candidatas. O município vimaranense concorre com as cidades de Graz, na Áustria, e de Vilnius, capital da Lituânia, depois de terem sido eliminadas as italianas Brescia, Cagliari e Novara, as polacas Poznán e Rzeszow, a romena Brasov e a espanhola Logroño.
A vencedora é conhecida no dia 5 de Outubro, em Tallin (Estónia), actual Capital Verde Europeia. Antes disso, as três finalistas terão de apresentar argumentos perante um júri, dando a conhecer a sua visão de sustentabilidade e uma proposta de comunicação caso vençam a corrida final. A avaliação tem em consideração sete indicadores principais: qualidade do ar, qualidade da água, biodiversidade e uso sustentável do território, desperdício e economia circular, poluição sonora, mitigação das alterações climáticas e adaptação às alterações climáticas.
Além da visibilidade que a distinção oferece, o município eleito recebe um prémio monetário de 600 mil euros para implementar uma estratégia de sustentabilidade ambiental e incentivar cidadãos e stakeholders a desempenharem um papel activo neste processo de desenvolvimento harmonioso dos centros urbanos.
Para o presidente da câmara municipal de Guimarães, a escolha da cidade como finalista reflecte um “trabalho colectivo, inovador, bem explicado”, que tem como missão “proteger a biodiversidade, propor uma economia baseada nos princípios da ecologia, aumentar as áreas verdes, limpar os rios, melhorar a qualidade da água e do ar e investir numa mobilidade mais suave e descarbonizada e em territórios e comunidades com uma consistente consciência ecológica”.
Também Virginijus Sinkevičius, comissário europeu para o Meio Ambiente, Oceanos e Pescas, felicitou as cidades finalistas, elogiando a capacidade de cada uma de “ser sustentável e oferecer uma maior qualidade de vida, gerando espaço para a biodiversidade e construindo resiliência face aos efeitos das alterações climáticas”.
Além do prémio Capital Verde Europeia, destinado a cidades com mais de 100 mil habitantes, a Comissão Europeia promove igualmente a distinção Folha Verde da Europa (European Green Leaf Award), que reconhece o trabalho de áreas urbanas com menor dimensão (entre 20 000 a 99 999 habitantes), atribuindo-lhes um prémio de 200 mil euros com vista a melhorar o ambiente e a sustentabilidade locais. Viladecans, em Espanha, e Treviso, em Itália, são as finalistas de 2025, num título que poderá ser individual ou mesmo partilhado. Isso já aconteceu, por exemplo, em 2022, quando a cidade portuguesa de Valongo foi eleita juntamente com a neerlandesa Winterswijk. Também Torres Vedras já foi distinguida com este título, no ano de 2015.
Fotografia de destaque: © CM Guimarães
Este artigo foi originalmente publicado na edição nº 40 da Smart Cities – Julho/Agosto/Setembro de 2023.