O Smart Open Lisboa (SOL) Mobility vai validar e concretizar, no terreno, soluções de mobilidade inovadoras, num programa que liga start-ups aos grandes players da mobilidade da cidade de Lisboa. Apresentada na passada sexta-feira, a 2ª edição do SOL Mobility, o programa promovido pela aceleradora de start-ups Beta-i, vai ajudar a criar soluções para a mobilidade dos lisboetas em parceria com empresas como a Carris, a CP e a Brisa.
Na sessão de apresentação, que decorreu no Salão Nobre do Museu da Carris, em Lisboa, o vereador com o pelouro da Mobilidade em Lisboa, Miguel Gaspar, mencionou o período que considera de “afirmação de Lisboa como laboratório vivo” e lembrou que esta edição do SOL Mobility vai prolongar-se até 2020, altura em que a cidade será “Capital Verde Europeia”, apontando à importância da sustentabilidade na mobilidade urbana. O programa de mobilidade do SOL vai juntar pequenas empresas a grandes players da mobilidade da cidade com o objectivo de desenvolver, validar e implementar novas soluções.
Durante seis meses, serão idealizados e implementados, no terreno, pilotos de teste para soluções de mobilidade inovadoras. As candidaturas ao programa de aceleração abrem no dia 28 de Outubro e encerram a 15 de Dezembro. Decorre, depois, um período de aceleração num bootcamp, em que as ideias seleccionadas integrarão sessões de workshop e mentoria, um período de preparação, outro de experimentação e, finalmente, a 14 de Maio de 2020, os resultados serão apresentados no Demo Day da 2ª edição do SOL Mobility.
Na sessão de apresentação do programa, Miguel Gaspar admitiu que no ecossistema de mobilidade da capital, que hoje conjuga vários operadores e diferentes modos de transporte, “ainda está quase tudo por fazer”, nomeadamente no que toca integrar e “mostrar as opções de multimodalidade”. Manuel Tânger, co-fundador da Beta-i, explicou que o programa tem como propósito colocar “start-ups a trabalhar com entidades públicas e grandes empresas”, “acelerando” a passagem “da hipótese à prática”, numa relação que considera “um mecanismo para o futuro”.
Esta edição do SOL Mobility vai levar novas empresas a trabalhar com gigantes, como a Brisa, Siemens, Daimler, ANA – Aeroportos de Portugal, Carris, EMEL e CP, procurando, como resultado final, o desenvolvimento e a experimentação, em ambiente real, de novas soluções de mobilidade.
Entre os projectos piloto anteriormente implementados no âmbito do programa de aceleração lisboeta, estão o planeador de viagens Meep, em parceria com o município de Lisboa, e o AIPARK, um serviço na nuvem que fornece previsões de disponibilidade de estacionamento automóvel, desenvolvido em parceria com a Brisa.
No evento de apresentação da 2ª edição do SOL Mobility, marcaram presença, entre outros, representantes do projecto europeu Sharing Cities – que Lisboa integra -, do Turismo de Portugal, da empresa portuguesa TOMI World, da consultora Axians, da NOS, da CP, da Siemens e da EMEL e da Carris, representadas, respectivamente, pelos seus dirigentes, Luís Natal Marques e Tiago Farias. A sessão de encerramento esteve a cargo da directora para a economia e inovação da câmara municipal de Lisboa (CML), Margarida Figueiredo.