Sem barreiras físicas para controlo dos passageiros, ao contrário daquilo que acontece no Metropolitano de Lisboa, o Metro do Porto vai testar uma solução tecnológica que permite fazer o controlo da validação de bilhetes, detectando utilizadores da rede que circulam sem bilhete válido. O objectivo é reduzir o número de utilizadores do serviço de transporte público que viaja sem título de transporte válido, apoiando os agentes de fiscalização no desempenho da sua actividade.
Recorrendo a sensores, capazes de monitorizar acções, movimentos e direcções dos utilizadores da rede de metropolitano, a solução desenvolvida que a câmara municipal do Porto vai testar permite identificar infractores, durante o seu acesso ao transporte público, “sem identificar o indivíduo”, garantindo a privacidade e “cumprindo todos os requisitos do Regulamento Geral de Protecção de Dados”, garante o director de desenvolvimento do negócio para a Europa, Médio Oriente e África da Hitachi Consulting, Jorge Antunes.
Esta solução tecnológica permitirá melhorar os níveis de controlo da bilhética do Metro do Porto, sem obrigar à introdução de condicionantes físicas de acesso às plataformas.
O projecto piloto deverá iniciar-se até Setembro, na estação da Casa da Música, e terá um custo de 100 mil euros. Depois, caberá ao Metro do Porto decidir sobre a expansão da experiência a outras estações da rede.
O município do Porto optou pela solução oferecida pela tecnológica japonesa, depois de esta ter participado num concurso que decorreu na plataforma digital Inocrowd – que junta entidades com problemas a entidades ou indivíduos com soluções -, e que, segundo notícia do Observador, contou com 12 candidaturas.
Errata: Notícia alterada no dia 05 de Junho de 2019, às 10:20, rectificando o nome “Hitachi” para “Hitachi Consulting”.