Juntar, num atlas, quais os sistemas de motociclos, trotinetas e bicicletas partilhados presentes em cidades de todo o mundo. É este o objectivo do novo New Mobility Atlas, uma “plataforma colaborativa” lançada pela NUMO, a aliança da Nova Mobilidade Urbana lançada em Janeiro e que junta governos, associações e empresas que queiram contribuir para a harmonização da presença de sistemas de trotinetas e bicicletas partilhadas e serviços de transporte que operam a partir de aplicações móveis.
“Uma plataforma colaborativa para uma rede global de decisores políticos, empresas de transporte, jornalistas e académicos alcançarem uma melhor compreensão de como as disrupções na mobilidade, possibilitadas pela tecnologia, estão a impactar cidades e pessoas” – é assim que Harriet Tregoning, directora da NUMO, descreve a plataforma lançada no passado dia 11 de Dezembro. Através do mapeamento da presença de operadores de trotinetas, bicicletas e motociclos partilhados, o New Mobility Atlas (em português, o Atlas da Nova Mobilidade) mostra actualmente dados referentes a 626 cidades de 53 países.
Desenvolvido com o objectivo de “mapear o crescimento da nova mobilidade nas cidades”, o atlas permite verificar quais os sistemas de mobilidade partilhada presentes em cada cidade.
A actualização da plataforma deverá ser “constante” e, para o futuro, para além de identificar sistemas de partilha de trotinetas, bicicletas e motociclos, o mapa deverá incluir drones e veículos autónomos, assim como a política de utilização destes veículos, permitindo aos utilizadores “comparar as regulações da nova mobilidade cidade-a-cidade”, lê-se em comunicado da NUMO.

A NUMO, responsável pelo lançamento do mapa, foi criada pelo Centro para Cidades Sustentáveis da World Resources Institute (WRI), uma organização global sem fins lucrativos, com o objectivo de criar condições para a coexistência de novas formas de mobilidade nas cidades. Apresenta-se enquanto uma plataforma colaborativa entre governos, associações e empresas que pretende contribuir para a harmonização da presença de sistemas de trotinetas, motociclos e bicicletas partilhadas, serviços de transporte que operam a partir de aplicações móveis, casos da Uber ou da Bolt, ou até mesmo da circulação de veículos autónomos. A organização nasceu a partir dos Princípios da Mobilidade Partilhada para Cidades Habitáveis, um conjunto de princípios subscritos por mais de 170 associações ligadas à mobilidade sustentável, organizações governamentais e empresas como a ofo, a mobike – ambas a operar no mercado das bicicletas dockless -, mas também a Uber, ou a Lime (que disponibiliza trotinetas eléctricas em Lisboa).