Fazer uso da inovação social para alavancar o desenvolvimento regional. É esta a força motriz da IRIS, a Incubadora Regional de Inovação Social, que hoje nasce em Amarante. Vai operar a partir do Instituto Empresarial do Tâmega e pretende dar resposta aos desafios sociais, ambientais e económicos que a região enfrenta.

Para José Luís Gaspar, presidente da câmara municipal de Amarante, o projecto que agora se inicia vai precisamente ao encontro daquela que é “a missão” da autarquia: “promover a construção das melhores condições para a qualidade de vida das pessoas”.

Este projecto nasce de uma parceria que une o Instituto do Banco Europeu de Investimento (BEI) e a PortusPark ao município de Amarante, em conjunto com a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e o Instituto Empresarial do Tâmega, e apresenta-se como um projecto piloto a nível europeu, de promoção do desenvolvimento regional através da inovação social. A acção da incubadora vai orientar-se para a criação de impactos positivos, na procura de respostas para os principais problemas da região.

Em declarações à Smart Cities, José Luís Gaspar admite que vê na inovação social “um vector estratégico” para tornar Amarante “uma cidade mais inteligente e um território cada vez mais interessante para se viver”. Revela, ainda, que a ambição do projecto não se deixa ficar só pelo concelho, o objectivo passa por “não apenas catalisar o desenvolvimento das inovações sociais criadas na região, como também trazer os melhores empreendedores sociais e os seus projectos para Amarante”. A cidade quer destacar-se nesta área e pretende, para isso, “criar um ecossistema de inovação social de referência na Europa”,  tirando partido da proximidade ao Instituto do Banco Europeu de Investimento, que coloca a região em rede “com oportunidades de acesso a conhecimento, a investidores sociais e aos melhores inovadores sociais”.

A implementação da IRIS tem lugar de partida em Amarante, para se estender a toda a região com uma rede estabelecida de investidores sociais e parcerias, que permita criar condições para o aparecimento, experimentação e crescimento de novas iniciativas ao nível do empreendedorismo social. Para concretizar as melhores expectativas, o município acredita que será essencial aproveitar as condições já existentes no terreno para a criação de sinergias com a dinâmica empreendedora da região.

O Instituto do Banco Europeu de Investimento, um dos principais responsáveis pela criação da incubadora, apresenta como objectivo “mobilizar e congregar esforços de um conjunto de parceiros à volta dos empreendedores sociais do Tâmega e Sousa para encontrar, implementar e alavancar soluções sustentáveis para os problemas sociais de uma região cujas potencialidades se encontram subutilizadas”, conta Francisco de Paula Coelho, Dean do Instituto BEI.

A autarquia vê a possibilidade de a IRIS pode vir a tornar-se “num caso de sucesso a ser replicado em várias regiões europeias”, já que, afirma, “a inovação social faz parte do DNA de Amarante”.