A conferência anual da Organização dos Estados Americanos (OEA) para a cooperação na educação realiza-se este ano em Lisboa, com a participação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e com o apoio do governo português. A Virtual Educa vai decorrer entre os dias 23 e 25 de Novembro na Fundação Calouste Gulbenkian e pretende encontrar soluções para ultrapassar os “bloqueios criados pela covid-19”.

Depois de, em Agosto, a Virtual Educa ter passado a integrar a coligação da UNESCO para “ajudar os países a mobilizar recursos e a implementar soluções inovadoras para o ensino à distância através da tecnologia” em tempo de pandemia, será em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, que o encontro deste ano irá realizar-se. Em Novembro, o evento mundial dedicado à “inovação educativa e às tecnologias de inovação” vai contar com o apoio institucional do governo português e vai procurar contribuir para a “reconfiguração digital dos sistemas de ensino de todos os continentes para ultrapassar os bloqueios criados pela covid-19”, lê-se em nota de imprensa da organização.

Estabelecida em 2001 pela OEA – organização de cooperação que junta 35 países do continente americano -, a Virtual Educa é responsável pela realização de um evento anual de educação na América Latina, orientado para profissionais de educação e das tecnologias de informação e comunicação. Desde Agosto, altura em que a organização americana integrou a coligação global da UNESCO para a educação, o evento ganhou pendor mundial, sendo este o primeiro dos encontros anuais a realizar-se no continente europeu. Segundo Adelino Sousa, português que é director executivo da Virtual Educa, Portugal foi o país escolhido para acolher o encontro internacional em período de pandemia por ser “um ponto de conexão estratégico entre os três continentes: América, África e Europa”.

A conferência vai centrar-se na “necessidade de os Estados investirem em métodos pedagógicos que facilitem o ensino à distância”, afirma o português, numa altura em que a pandemia global do novo coronavírus (covid-19) impõe mudanças e restrições ao ensino presencial em todo o mundo. O objectivo da reunião internacional será o de procurar garantir “uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade a todos os alunos”, tendo em conta as particularidades do actual momento.

Os membros da coligação da UNESCO para a educação – que incluem empresas e organizações de todo o mundo – são, assim, convidados pela Virtual Educa a integrar a discussão que procurará soluções para fazer face aos desafios impostos pela educação à distância em tempo de pandemia. “Empresas, investigadores e pedagogos” vão, ao longo dos três dias de conferência, apresentar soluções para apoiar estudantes e professores para o actual período e “para o que será o ensino digital pós-covid”, diz Adelino Sousa.

Os estudos e relatórios discutidos no âmbito dos congressos Virtual Educa vão passar a ser disponibilizadas, a “governantes, investigadores e professores”, no sítio web da plataforma da UNESCO para a educação.