Até 9 de Outubro, a iniciativa europeia Living Streets está à procura de municípios portugueses interessados em recuperar espaço público através do encerramento temporário ao trânsito automóvel de uma rua. Os dois municípios vencedores recebem um apoio de 20 mil euros e irão implementar as suas living streets (ou ruas vivas) entre Dezembro deste ano e Outubro de 2021.

Com as candidaturas abertas desde o passado dia 31 de Julho, o Living Streets pretende implementar, em dois municípios portugueses, ruas vivas. O objectivo é a “recuperação do espaço público” através da redefinição temporária dos usos da rua: o trânsito automóvel é proibido, num processo que pretende transformar as ruas em “pontos de encontro sustentáveis”.

As duas candidaturas portugueses vencedoras do concurso podem, através da iniciativa, obter financiamento para o desenvolvimento e realização da iniciativa no valor de 20 mil euros. Entre Dezembro deste ano e Outubro de 2021, as living streets portuguesas vão ser implementadas e devem ser acompanhadas de programas de actividades que fomentem “o envolvimento dos cidadãos, criando redes de acção e reflexão”, lê-se em nota publicada pela Oeste Sustentável – Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste, entidade responsável pelo processo de recepção de candidaturas dos municípios nacionais.

A experiência de intervenção no espaço público pretende explorar “um novo urbanismo”, procurando dar lugar à interacção social em espaços anteriormente ocupados pelo automóvel. A iniciativa nasceu em 2013 na cidade belga de Ghent, pelas mãos dos próprios habitantes e comerciantes, proporcionando um espaço de discussão sobre “como repensar a forma de organização das ruas” tendo sido, até ao momento, replicada em várias cidades europeias.

Os municípios portugueses interessados devem apresentar a sua candidatura seguindo os passos identificados no sítio web da Oeste Sustentável. O projecto europeu é coordenado pela Energy Cities – a rede europeia de governos locais para a transição energética – e é financiado pelo programa EUKI (Iniciativa Europeia para o Clima), do Ministério Federal do Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha.

 

 

Fotografia: © Municipality of Zadar