De 2 de Novembro a 29 de Dezembro, realiza-se a terceira edição da Anozero, a Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra. A organização anunciou, no primeiro dia de Outubro, os 39 artistas que vão procurar a reflexão e a “activação” do património arquitectónico e imaterial, no seguimento da classificação, por parte da UNESCO, da Universidade de Coimbra como Património Mundial da Humanidade.
A menos de um mês do início da nova edição da Bienal de Arte Contemporânea da cidade de Coimbra, intitulada A Terceira Margem, está anunciado o conjunto de 39 artistas que irão “ocupar” diferentes lugares da cidade. Com a curadoria de Agnaldo Farias, académico brasileiro que já fez a curadoria da Bienal de São Paulo e é curador do Museu Oscar Niemeyer, no Brasil, e sob um título que evoca um conto de João Guimarães Rosa, escritor brasileiro do século XX, a bienal de Coimbra faz uso de cinco frases deste mesmo conto enquanto “eixos conceptuais”, revela a organização em comunicado.
Organizada pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), câmara municipal de Coimbra (CMC) e Universidade de Coimbra (UC), a iniciativa bianual, com curadoria adjunta de Lígia Afonso, investigadora do Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, e Nuno de Brito Rocha, historiador de arte, pretende interpretar os seus “eixos conceptuais” através de vozes plurais: “curadores, artistas, autores e alunos da Universidade de Coimbra”. O objectivo é reflectir sobre a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia enquanto património da Humanidade, distinção atribuída pela UNESCO em 2013, activando esse mesmo património, arquitectónico e imaterial.
Sob o título A Terceira Margem, a bienal apoia-se em “três pilares” base: a exposição, o programa de activação e um livro, que reunirá ensaios dos artistas participantes. Ao todo, serão apresentados trabalhos de 39 artistas seleccionados, que irão ocupar diferentes lugares da cidade, com o objectivo de “activar” o património histórico de Coimbra. Os trabalhos vão espalhar-se pelo Convento de Santa Clara-a-Nova, pelas ruas do centro, pelos edifícios da Universidade de Coimbra e pelos espaços do CAPC.
O programa de activação do património é o resultado do trabalho dos alunos do mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, em colaboração com a CAPC.