Para a NOVA IMS, as cidades inteligentes são uma oportunidade para desenvolver conhecimento. Miguel de Castro Neto, subdirector e docente, conta como, a par do ensino e investigação, a escola especializada em gestão de informação está também a prestar serviços à comunidade no âmbito da inteligência urbana. O ex-secretário de Estado do Ordenamento do Território e responsável pela iniciativa Cidades Sustentáveis 2020 explica ainda o que levou a NOVA IMS a querer fazer parte da conferência internacional ZOOM Smart Cities 2016.

 

De que forma a NOVA IMS está ligada à temática das cidades inteligentes?

Considerando que a inteligência das cidades passa hoje, em grande medida, pela criação de capacidades de processamento e análise dos dados, existentes ou recolhidos por redes de sensores que constituem a denominada Internet das Coisas e que dão origem aos desafios do Big Data, estamos precisamente no campo de intervenção por excelência da NOVA IMS, enquanto escola especializada em gestão de informação, ou seja, em desenvolver modelos analíticos capazes de transformar dados em informação e suportar os processos de tomada de decisão.

Que trabalho tem desenvolvido nesse campo?

A NOVA IMS desenvolve a sua actividade em três dimensões: ensino, investigação e prestação de serviços à comunidade. Assim, também no que concerne às smart cities, temos apostado nesta área na nossa oferta de ensino através do lançamento da pós-graduação em smart cities e do programa de doutoramento internacional, GEO-C, financiado pela Acção Marie Curie da Comissão Europeia. Relativamente aos trabalhos de investigação, são de destacar os projectos desenvolvidos pelos alunos do referido doutoramento, mas também uma apetência crescente dos nossos alunos de mestrado em realizarem as suas teses nesta área. Por último, mas não menos importante, na vertente de prestação de serviços à comunidade e com uma forte ligação aos trabalhos de investigação aplicada que se desenvolvem, temos vindo a apostar em parcerias com as câmaras municipais, no sentido de, não só colocar as nossas competências ao serviço dos municípios, mas, mais do que isso, contribuir para a capacitação dos técnicos das autarquias neste novo mundo que é a analítica urbana através de processos efectivos de transferência de conhecimento.

A NOVA IMS é uma das entidades organizadoras do evento ZOOM Smart Cities. O que motivou a vossa participação?

Sendo inquestionável a necessidade de existir em Portugal um evento com dimensão, escala e projecção internacional, capaz de reunir uma vez por ano a comunidade de actores envolvidos na construção das cidades inteligentes no nosso país, consideramos que este era o momento para avançar e que estavam reunidas as condições e os parceiros capazes de concretizar esta ambição. Nesse sentido, estou convicto de que o ZOOM Smart Cities irá rapidamente tornar-se o evento de referência nacional.

O que esta conferência vai trazer para os participantes?

Mais do que os melhores exemplos de boas práticas nacionais e internacionais, penso que o modelo adotado, os oradores convidados e os participantes previstos permitem acreditar que o ZOOM Smart Cities irá constituir-se como um espaço privilegiado para a apresentação e discussão dos desafios e oportunidades que as áreas urbanas enfrentam para construir as cidades inteligentes do futuro hoje.