O ditado diz que o tamanho não importa, e, também quando se fala de smart cities, “não há grandes, nem pequenos” municípios, isto porque “a inovação surge em todos os lugares e, por vezes, nos mais inesperados, onde alguém se lembre de uma solução para resolver um problema”. As palavras são do presidente da câmara municipal de Lisboa (CML), Fernando Medina, assinalando, desta forma, a abertura do Portugal Smart Cities Summit. O evento arrancou esta manhã, no Centro de Congressos de Lisboa, reunindo na capital representantes municipais, empresas, centros de investigação e academia que se têm destacado no sector das smart cities.

“Responder a necessidades concretas das pessoas” é, para o autarca lisboeta, o principal desígnio de uma cidade inteligente. “A inteligência está na inovação na resolução dos problemas concretos, aos níveis da sustentabilidade das cidades e da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”, reforçou.

Fernando Medina apontou algumas das iniciativas que a CML tem levado cabo nesse sentido, destacando a “redescoberta” da bicicleta convencional e eléctrica para optimizar a mobilidade na cidade, contando hoje com uma utilização média diária de 1500 viagens, das quais 1000 acontecem na hora de ponta. “As bicicletas eléctricas ajudaram a vencer o desafio das colinas”, referiu, “são um exemplo de como se usou uma solução inovadora para resolver um problema concreto”.

Para além da mobilidade, Medina deu ainda conta da ambição lisboeta para a água: até ao final deste mandato, o executivo camarário quer ter em funcionamento em toda a cidade uma rede de água reciclada para efeitos de rega e lavagem de ruas, que permitirá uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos, assim como aplicar o conceito da economia circular à água.

O Portugal Smart Cities Summit tem o selo da Green Business Week e decorre de 11 a 13 de Abril, em Lisboa, contando com espaço de exposição e três dias de conferências. Mais informações aqui.