Usar matéria-prima florestal ou agrícola para a produção energética já é prática comum. Contudo, cada vez é mais necessário melhorar bases de dados, para optimizar a produção em maior escala. Foi com isso em mente que arrancou o projecto português Bioatlas, que trabalha informação georreferenciada sobre o potencial de biomassa em território nacional. Lançada em Janeiro, a iniciativa integra investigadores e especialistas da Universidade de Aveiro, Inteli, EnergyIN e a agência de energia AREANATejo em volta de indicadores nacionais e sistemas de informação geográfica.

Com um financiamento do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional de cerca de 400 mil euros, o Bioatlas vai disponibilizar informação georreferenciada sobre as disponibilidades de biomassa existentes e centrais de processamento em funcionamento. Numa vertente mais ambiental, o mapa digital vai integrar também estimativas de energia e emissões associadas às cadeias de produção da biomassa.

Em paralelo com o mapa digital, serão incluídos layers com indicadores de procura nacional por este tipo de energia ou taxas potenciais de aproveitamento de resíduos, por exemplo. Desta forma, já não há desculpas de falta de informação para tornar a produção energética mais ‘verde’.